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Mostrando postagens de setembro, 2012

Delírio Bêbado 4.

Pressupostos acerca da existência. Procure ser feliz. Definição da felicidade: reconhecimento social. Penso cada vez mais que a questão está mal posicionada. O reconhecimento social é importante, mas ele deriva de outra coisa: do que nós pensamos sobre nós mesmos.              Existem milhões de formas de formular isso. Algum dia alguém talvez prove que é impossível fazer um ponto entre eu e outra pessoa, mas a questão de novo está mal colocada. Não me importa provar que você existe e que eu posso encostar-me a você; importa somente se eu acredito que você está ali:              Se após algum tempo, eu sei que existe alguém encostando na minha mão. Eu escuto uma respiração forte invadindo meu peito. Não preciso provar que ali existe alguém. Bom o suficiente é contar número de respirações sobre o meu peito enquanto a música baixa de tom. Enquanto a lua abaixa um pouco; a manhã aparece mais próxima. Mas nós nunca esperamos que a manhã realmente chegasse. Queremos que o momento s

Máquina Alegre Supimpa.

(Homenagem a J.D.Salinger e Gaiman) Um homem gordo e outro homem extremamente magro vestidos de ternos discutem no último andar de um imenso prédio. Eles sentam perto de uma grande mesa de madeira, onde copos de uísque e charutos estão posicionados: -Suicídio faz mal a economia. -Realmente. -Menos pessoas trabalhando. -Problemão. -O que podemos fazer? -Uma máquina. -Dizemos que queremos salvadas vidas e criamos uma máquina que dê respostas animadoras, e avise as autoridades em caso de perigo. -Tudo bem, mas isso não seria invasão de privacidade? -Quem se importa? -Vamos dar um nome legal: M.A.S. -Máquina Alegre Supimpa? -Maquina Anti-suicídio. -Próximo o suficiente.              Um homem discursava com convicção em cima de um grande tablado de madeira, e mais de centenas de pessoas observavam os gritos ensurdecedores. Amigos, essa máquina revolucionará a vida como a conhecemos. O que aconteceria se tivéssemos o direito de salva

Delírio Bêbado 3.

Corre o mito que te mandaram ficar em silêncio. Você não tem direito de resposta. Somente homens com togas brancas em sonhos megalomaníacos com o  universalismo podem sonhar. O que é o sonho? De novo, eles erram. O erro está em acreditar que todos nós estamos unidos por uma ordem linda e bela que demonstra nossa felicidade. Mas quem diabos tiveram essa estúpida idéia de que estamos unidos por um fio imenso transformando-nos em semelhantes? Eu quero pedir, por favor, que me tire da lista de telefone, afinal eu nunca quis estar nesse universalismo alheio; eu tenho meu próprio plano. -Oi. -Oi. - De novo. -De novo. -Mais uma vez. -Mais uma vez. -E os ecos de tudo? -Você é o eco de tudo. -Sério? -Acho que sim. Fiquei imaginando em todas as absurdas metáforas. E você meio que faz sentido. -Sentido? -Sabe aquela coisa que faz o mundo parecer que não está quebrado. -Sentido? -É algo assim. Amor. -Amor? -Desculpa. Eu só sei falar